Ana Oliveira: Design 101 - Manual de sobrevivência
Conhecem aquela expressão, “não julgue um livro pela capa”? Pois bem, eu, Ana, sou essa pessoa. Não resisto a um bom design e quando entro numa livraria ligo logo o meu radar de designer e desloco-me na direção da primeira capa que me pareça interessante.
O mesmo acontece nos supermercados: estou sempre com atenção ao packaging e até já cheguei a comprar alimentos que não precisava, só porque a embalagem era bonita. É verdade… Este radar é tanto uma maldição, como uma bênção.
Este “defeito” de profissão é um “defeito” sem o qual não conseguiria viver e até me deixa um bocadinho orgulhosa, confesso.
A minha paixão pela estética das coisas, juntamente com o meu sentido crítico e opinativo, alimentado por uma boa dose de memes, sempre fizeram parte de mim e, atualmente, são o motor da minha profissão.
Sou capaz de passar horas no Behance, Dribbble, Pinterest, YouTube (“you name it, I’ve probably seen it”), seja em busca de inspiração para o próximo projeto ou simplesmente para passar os olhos nas design trends mais atuais.
© Ana Oliveira, Fábrica de Startups
Quando iniciei este percurso na área do design, há 4 anos, a pen tool era um pesadelo, os programas da Adobe pareciam um bicho-de-sete-cabeças e ainda tinha uma relação saudável com a cafeína.
Neste momento, convivo diariamente, aqui na Fábrica de Startups, com os .ai .psd .indd .aep e tornei-me numa coffee addict. Os meus avós ainda não sabem exatamente o que é que eu faço mas, pronto, como se costuma dizer, o importante é ser feliz, mesmo quando o Photoshop decide bloquear na vigésima layer e ainda não tinhas guardado o ficheiro.
De qualquer forma, ainda bem que há pessoas que sabem o que significa a palavra design e reconhecem a sua importância, porque a felicidade não paga renda, nem os upgrades de memória ao computador, que passa a vida a dar o alerta de “disco cheio”.
Be a Designer they said, it will be fun they said.
Deixo aqui alguns conceitos que os empreendedores, startups e população em geral devem ter em conta, na criação e/ou aprovação dos seus materiais de comunicação:
Simplicidade: Não cedam à tentação de querer mostrar demasiado, simplifiquem os key visuals - tenham atenção à hierarquia visual (sobretudo à quantidade de texto) e ao contraste (cuidado na escolha das cores).
Fontes: Não se entusiasmem com todas as escolhas de tipografia que existem por aí – até às 3 fontes, não serão julgados, mas a partir daí é provável que levem com shady looks.
Leitura: o espaçamento entre linhas e o kerning (espaçamento entre letras) existem por alguma razão e precisam de ter em conta que o grande objetivo é passar a mensagem, por isso, não se esqueçam de facilitar a leitura.
Audiência: Atenção ao Call to Action e ao End User. Antes sequer de começar a trabalhar, definam a vossa audiência - saibam para quem estão a comunicar e adaptem a comunicação a esse público-alvo.
E pronto, assim por alto, é isto. Fácil, não é? Bem... tem os seus dias, mas a satisfação de ver um projeto acabado deixa-nos orgulhosos e com energia para o próximo! E quando o design é aprovado à primeira? #lifegoals
Texto escrito por:
Ana Oliveira, Estagiária de Design, Marketing e Operações, na Fábrica de Startups