Catherine de Freitas: o projeto começou pela “paixão pelo nosso território”

Catherine de Freitas: O projeto começou pela “paixão pelo nosso território”

Este mês estivemos à conversa com a CEO da Upstream - TRY Portugal, uma das startups que participou na edição de 2018 do Tourism Explorers e que, no ano passado, recebeu investimento por parte da Portugal Ventures. Catherine de Freitas explicou-nos como nasceu este projeto, a importância que os parceiros de negócio têm na vida da TRY Portugal e os principais objetivos para 2020.

© TRY Portugal

© TRY Portugal

Somos apaixonados por Portugal”. É assim que a TRY Portugal se descreve. Trata-se de uma plataforma online que promove programas e experiências personalizadas de turismo ativo, cultural e desportivo, explorando o património natural e cultural do nosso país. Catherine de Freitas conta tudo, nesta entrevista.

 

Uma paixão por Portugal:

Catherine diz que o projeto começou pela “paixão pelo nosso território”. A CEO da Upstream - TRY Portugal explica que foi também uma oportunidade de conseguirem conciliar as suas atividades "com aquilo que o próprio Turismo de Portugal tinha no plano do Portugal 2020, de trabalhar o interior do país”.

 

Uma rede de parceiros:

Nós trabalhamos com quem está no território: empresas de animação turística, de alojamento…”. Segundo Catherine, estes parceiros são a estrutura base da TRY Portugal e, por isso, estão sempre em campo, “em contacto com as câmaras municipais, historiadores e todos os que conhecem o seu território”. “Juntamos essa informação toda e com isso tentamos fazer programas temáticos”, termina.

 

“Juntos somos mais fortes”:

Para Catherine “não há concorrência no mercado nacional”. A CEO da Upstream - TRY Portugal acredita que “juntos somos mais fortes”. “O nosso modus operandi é mesmo esse de trabalhar em equipa, porque só assim conseguimos vender de uma forma coesa e coerente o país lá fora”. Para além disso, acrescenta que têm um “know-how de estar no terreno e de conseguir estruturar produtos para qualquer pessoa”.

 

Estudar mercados estrangeiros:

Catherine diz que costuma ir aos mercados internacionais “ver o que é que estes consomem, o que é que os operadores turísticos e agências de viagem oferecem em termos de produto sobre Portugal”, para depois adaptarem os programas a esses mercados. “Portanto, a nível B2B, trabalhamos para criar produtos, feitos à medida, para os operadores turísticos”, acrescenta. Para além de estudar os mercados estrangeiros, Catherine diz que também costuma ir a feiras e congressos para mostrar o que fazem.

 

A TRY Portugal Sports:

Para além do turismo ativo e cultural, a TRY Portugal tem também pacotes de experiências ligadas à área do desporto: “trabalhamos também com organizações, cá em Portugal, que fazem provas, para atrair o público estrangeiro”, diz Catherine. “Vendemos o pacote de transfer e alojamento aos atletas e se vêem acompanhados, podem prolongar a sua estadia no território”, explica. Exemplo disso é o “Challenge Lisboa Triathlon”: “houve vários atletas a reservar connosco o pacote para a prova e agora nós estamos a preparar as experiências para quando estiverem em Portugal”.

 

Uma official travel partner de congressos e eventos:

Nós não estamos só na área de desporto”, diz Catherine. “As entidades estão, por vezes, tão focadas na organização de um determinado evento, que não estão a ver a vertente ad value que podem dar a quem vem para esses mesmos eventos, como por exemplo prolongar a sua estadia no território”, explica. “Portanto, estamos ali sempre ligados como official travel partners dessas entidades que organizam eventos e congressos, para quebrar um pouco esta tendência”.

 

Dar visibilidade ao que Portugal tem para oferecer:

Catherine diz que o grande foco da TRY Portugal é “dar visibilidade ao que Portugal tem para oferecer em termos de experiências e de atividades no interior do território”. Através do site, lançado em 2017, os turistas podem ver o que podem fazer numa determinada região e comprar um dos programas. A CEO da Upstream - TRY Portugal explica que, neste momento, a compra ainda não é feita de forma direta, mas que esse vai ser o grande investimento deste ano: “a versão 2.0 do site vai permitir fazer a ligação direta com os fornecedores e quem quiser fazer uma compra vai conseguir fazê-lo de forma imediata”.

 

Não cries mais uma aplicação:

Para Catherine, o maior conselho que pode dar a quem está agora a começar é “não cair na tentação de criar mais uma aplicação”. “O setor de atividade começa a ficar prejudicado com o excesso de aplicações e os investidores, hoje em dia, ficam com um pé atrás”, explica. “Portanto, ou é uma aplicação que rompe com tudo e mais alguma coisa ou, então, já está a ficar um pouco desgastado”, conclui.

 

Próximos passos e grandes objetivos para 2020…

O investimento da Portugal Ventures vai permitir-nos evoluir para a versão 2.0 do site”, explica Catherine. Depois do site, o objetivo é investir em SEO para “promover a TRY Portugal a nível internacional” e também “aumentar o quadro de colaboradores da empresa”.

Entrevista feita por:

Rita Frade, Coordenadora de Marketing e Comunicação da Fábrica de Startups