Dizem que o sucesso é uma equação de 10% de sorte, 20% competência, 15% de vontade, 5% de prazer e 50% de trabalho duro. Mas tudo começa com... uma IDEIA.
Há cerca de dois meses, iniciei o meu estágio na Fábrica de Startups motivada pelo grande desejo de um dia poder criar o meu próprio negócio e principalmente resolver um dos múltiplos problemas da humanidade. Quando comecei a participar na organização do evento Tourism Explorers percebi que queria fazer parte dum projeto tão interessante como este. Não, não tinha nenhuma ideia de negócio muito menos uma equipa mas queria muito perceber o quão difícil é criar uma Startup, este nome tão curioso que alguns portugueses nem sabem soletrar. Felizmente tive a hipótese de observar os dois lados deste evento que incentiva e apoia o investimento no Turismo e em Portugal, porque ajudei à promoção e porque tive a oportunidade de participar do mesmo.
Desta forma, e de modo a sair da minha área de conforto propus-me a ser participante na fase de Ideação do Tourism Explorers em Viana do Castelo, cidade que nunca sequer tinha visitado. Após uma longa viagem, tive a oportunidade de conhecer um pouco da cidade e na segunda-feira (dia 10 de julho) conheci todos os participantes. Com personalidades vincadas e diferenciadas, com idades muito diferentes, todos os concorrentes demonstraram a sua motivação e entusiasmo e foi criado um ambiente de networking muito interessante.
No primeiro dia focamo-nos nos desafios e, após as habituais apresentações, foram realizados diversos jogos interativos de autoconhecimento que nos auxiliaram na formação de equipas. Depois de toda a informação dada pelo representante do Turismo de Portugal, Sérgio Guerreiro, e pelo moderador de todo o programa, o CEO da Fábrica de Startups, António Lucena Faria, a minha equipa e todas as outras decidiram que desafio gostariam de trabalhar.
No dia seguinte abordamos os problemas, tivemos a oportunidade de realizar um trabalho de campo o que foi bastante desafiante e cansativo. Juntamente com a minha equipa percorri Viana de Castelo e, dado que o nosso público-alvo eram os turistas chineses decidimos entrevistar vários agentes de turismo, espaços de Cowork, negócios locais e até mesmo turistas de países asiáticos com os quais só foi possível falar através do Google Tradutor. Dadas as dificuldades encontradas conseguimos claramente definir o nosso problema: a Comunicação.
Durante os três dias seguintes, tivemos diversas formações nomeadamente as apresentações da NOS e da Portugal Ventures, de modo a desenvolver um modelo de negócio em torno da IDEIA que tanto lutámos para desenvolver. Com ajuda dos moderadores de Lisboa e da formadora em Viana do Castelo, a professora Alexandra Rodrigues, desenvolvemos a nossa ideia de negócio e apresentámos aos jurados o nosso pitch em torno de uma aplicação interativa para os turistas chineses.
Depois de um texto tão longo e de uma frase tão inspiradora inicial, muitos irão pensar que provavelmente ganhei o concurso o que não é de todo verdade, no entanto, o que é o sucesso? É levar a taça para casa ou absorver todo o conhecimento de uma experiência tão enriquecedora? Mais que conhecimento teórico, este evento permitiu-me crescer enquanto pessoa, principalmente no que toca a ser mais tolerante e aceitar o quão diferentes somos todos nós. Por essa razão, recomendo vivamente a qualquer pessoa que ambiciona um dia ser empreendedor a participar num evento como este pois ter sucesso não é só ter uma ideia brilhante mas também criar ligações com PESSOAS. Agradeço assim, a todos os que partilharam esta experiência comigo – Kateryna, Steven, António, Sandra , Gaspar e a Professora Alexandra.
谢谢