Live Electric Tours: “aquilo que estamos a fazer é único no mundo e isso é um trunfo”

Live Electric Tours: “aquilo que estamos a fazer é único no mundo e isso é um trunfo”

Em entrevista à Fábrica de Startups, o Fundador e CEO da Live Electric Tours, Djalmo Gomes, diz que o prémio de melhor startup da Europa, na categoria de Turismo, nos StartUp Europe Awards, foi um “reconhecimento” do projeto e da “audácia” de conseguirem “fazer algo completamente diferente”.

© Live Electric Tours

© Live Electric Tours

A Live Electric Tours venceu a edição de 2017 do Tourism Explorers, em Lisboa. Em 2018 recebeu 700.000€ de investimento e foi eleita a melhor startup de Turismo nos StartUp Europe Awards. Como é que tudo aconteceu? O seu Fundador e CEO, Djalmo Gomes, conta tudo nesta entrevista.

O problema:

Depois de uma “análise em Lisboa e noutras cidades”, perceberam que “não havia uma oferta de self-drive sustentável e que oferecesse tudo aquilo que um turista procura hoje”, isto é, “rápida mobilidade” (possibilidade de ver muitos pontos de interesse o mais rapidamente possível) e “conectividade” (a partilha constante de toda a nossa experiência).

 

Uma solução chamada Live Electric Tours:

A Live Electric Tours nasceu, assim, para dar resposta àquilo que os novos turistas procuram: “city breaks, ver todos os pontos de interesse o mais rapidamente possível, estarem conectados e partilharem toda a experiência, através das redes sociais”, tudo isto com uma “preocupação de sustentabilidade” - daí a “questão dos carros 100% elétricos”.

 

Hora de fazer as malas e arregaçar as mangas:

Djalmo diz que antes de avançarem com o que quer que fosse tiveram de reunir a equipa e regressar a Portugal, porque estavam a viver noutros países. Depois, começaram a fazer testes, para perceberem se eram “capazes de implementar um produto que desse resposta aos problemas encontrados”. Seguiu-se o “desenvolvimento do produto”, isto é, de um “MVP [Minimum Viable Product], que pudesse ir para a rua, para que as pessoas começassem a experimentar e perceber se pagavam ou não pela experiência”.

 

Yes We Can:

Apesar de não terem a certeza “se as pessoas iriam pagar ou não pelo produto”, Djalmo diz que já tinham “alguma experiência de mercado, tanto a nível nacional, como internacional” e, por isso, “a probabilidade de ter sucesso era grande”.

 

Um passo à frente da tendência:

Para Djalmo, aquilo que estão a fazer “é único no mundo” e isso é um “trunfo”. O Fundador e CEO da Live Electric Tours admitiu, ainda, que estão “um pouco mais à frente daquilo que a tendência está a fazer” e explica porquê: “enquanto há quem esteja a pensar em deslocar um turista de um sítio para o outro ou em mobilidade partilhada, nós estamos a pensar numa deslocação entre vários pontos da cidade e numa coisa autónoma, isto é, sou eu que decido para onde é que vou, o que é que vou ver, onde é que eu vou parar e durante quanto tempo”.

 

3 cidades depois, a ambição mantém-se:

Concluído o objetivo inicial de chegarem a três cidades (Lisboa, Porto e Évora), a ambição agora é continuarem esta caminhada de levarem a Live Electric Tours para “mais cidades portuguesas” (e não só), diz Djalmo.

 

Melhor startup da Europa, na categoria de Turismo:

Para Djalmo, o prémio de melhor startup da Europa, na categoria de Turismo, nos StartUp Europe Awards, foi um “reconhecimento” do projeto e da “audácia” de conseguirem “fazer algo completamente diferente”. O Fundador e CEO da Live Electric Tours diz, ainda, que este prémio trouxe não só notoriedade para a Live Electric Tours, mas também para as “startups da área do turismo em Portugal e para o ecossistema”, na medida em que prova que “nós, aqui em Portugal, também somos capazes de fazer coisas diferentes, tal e qual como em qualquer outra parte do mundo”.

 

Tourism Explorers, uma porta de entrada para o ecossistema do Turismo:

Djalmo conta que tinham praticamente acabado de lançar a Live Electric Tours, quando participaram no Tourism Explorers e que, na altura, ainda não estavam “dentro do ecossistema do turismo”. Mas, graças ao programa, conseguiram passar a ter contacto com entidades, como o Turismo de Portugal. Para além disso, o Tourism Explorers permitiu-lhes rever o seu “modelo de negócio, alterar estratégias, validar situações” que tinham colocado em cima da mesa e que não sabiam “se estavam certas ou erradas”.

 

Cria algo nunca antes feito:

Chega ao mercado com alguma coisa que seja nova e que faça realmente a diferença”. É este o conselho que Djalmo deixa a todos os futuros empreendedores. O Fundador e CEO da Live Electric Tours acredita que “trazer para o mercado disrupção, algo que não exista, é uma vantagem competitiva face ao resto do mercado”, acrescentando que foi isso que acharam que estariam a fazer quando lançaram a Live Electric Tours.

Entrevista feita por:

Rita Frade, Coordenadora de Marketing e Comunicação da Fábrica de Startups