A Student Keep já entregou mais de 1100 computadores, mas espera conseguir aumentar esse número até final do ano
Desde março, o projeto Student Keep já conseguiu entregar, em Portugal, mais de 1100 equipamentos informáticos a alunos sem acesso a computador. O objetivo é, agora, alargar este apoio a outros países.
© Ana Oliveira, Fábrica de Startups
O projeto Student Keep nasceu em março, para ajudar a combater o problema da desigualdade no acesso à Educação – agravado pela suspensão das aulas presenciais devido à Covid-19 – mas foi em maio que o ficámos a conhecer melhor, quando começou a fazer parte da nossa rede de incubados. Para ficarmos a saber mais sobre este projeto – que pertence ao movimento Tech4covid19 – fomos conversar com Gonçalo Pinto, um dos gestores de projeto.
Várias startups, um objetivo comum:
Gonçalo conta que o movimento Tech4Covid19 “nasceu de uma reunião informal entre fundadores de startups tecnológicas, com o objetivo de criar uma comunidade que unisse talento português e desenvolvesse soluções que mitigassem os desafios criados pelo Covid-19”.
5628 voluntários, 3882 organizações, 45 projetos ativos:
“Nós estamos a trabalhar ativamente neste movimento desde março deste ano, pouco depois do início da pandemia”, diz Gonçalo. “Neste momento o Tech4Covid19 conta com 5628 voluntários e 3882 organizações e temos 45 projetos ativos”, acrescenta.
O projeto Student Keep:
Gonçalo explica que a ideia do Student Keep partiu de um dos membros fundadores do projeto, Rui Nuno Castro, quando percebeu que havia um número considerável de alunos na turma da sua esposa, no Ensino Básico, que não tinha equipamentos informáticos para acompanhar a atividade escolar.
Um processo transparente:
Sobre a forma como entregam os equipamentos às crianças, Gonçalo diz que tentam “ter um processo o mais transparente possível” e, por isso, trabalham “em parceria com a DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares]”, de modo a validarem “os pedidos das escolas que têm alunos com necessidades de equipamentos informáticos”.
Mais de 1100 equipamentos entregues:
Gonçalo revela que, até ao momento, já entregaram “mais de 1100 equipamentos”, acrescentando que este é um número que esperam “conseguir aumentar significativamente, até ao final deste ano”.
Um projeto além-fronteiras:
Depois de Portugal, segue-se a expansão para “São Tomé e Príncipe e Moçambique e, mais tarde, para Angola e Brasil”, diz Gonçalo.
Fábrica de Startups – “um grande apoio do projeto”
Gonçalo conta que “até há pouco tempo, a Student Keep fazia a requalificação dos equipamentos em casa de cada técnico voluntário”. No entanto, “com o crescimento das doações por parte das empresas sentimos a necessidade de ter duas bases de operações fixas, uma em Coimbra e outra na zona de Lisboa”, explica. “Oeiras pareceu ser a escolha que mais fazia sentido, visto que para além de estar bem localizada, tem um grande tecido empresarial, e decidimos, então, abordar a Fábrica de Startups, através do espaço de incubação Oeiras Hub, que nos respondeu de uma forma entusiástica, numa questão de horas”, acrescenta. “Desde então tem sido um grande apoio e parceiro do nosso projeto”, conclui Gonçalo.