Ficosterra, Ufraction8 e Biosolvit são os projetos vencedores da 2ª edição do Blue Bio Value

Ficosterra, Ufraction8 e Biosolvit são os projetos vencedores da 2ª edição do Blue Bio Value

A espanhola Ficosterra, a britânica Ufraction8 e a brasileira Biosolvit são as vencedoras da 2ª edição do programa de aceleração Blue Bio Value.

© Blue Bio Value

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Este programa de aceleração, que promove o desenvolvimento de competências de gestão de negócios, é organizado pela Fundação Oceano Azul e pela Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Fábrica de Startups, a Bluebio Alliance e a Faber Ventures.

Com uma duração de cinco semanas, o Blue Bio Value atribui às empresas vencedoras um total de 45 mil euros, para que possam desenvolver os seus projetos. Este ano, os 45 mil euros vão ser distribuídos pela Ficosterra, pela Ufraction8 e pela Biosolvit.

A Ficosterra, startup espanhola, leva a biotecnologia para a agricultura, produzindo biofertilizantes e bioestimulantes através de algas e micro-organismos complexos, com o objetivo de regenerar o solo, estimular culturas, melhorar a produtividade e aumentar a resistência das plantas ao stress ambiental.

A britânica Ufraction8 centra-se na sustentabilidade de processos através de uma tecnologia de bioprocessamento escalável, com elevada eficiência, redução de consumo energético, focada em soluções sustentáveis e inovadoras para indústrias de processamento de vários biorrecursos, como algas.

A brasileira Biosolvit desenvolve produtos sustentáveis destinados à absorção de qualquer derivado de petróleo em terra ou no mar. Orgânicos ou sintéticos os seus produtos também permitem o reaproveitamento do material absorvido.

Na cerimónia de encerramento do programa, José Soares dos Santos, Fundador e Presidente da Fundação Oceano Azul, salientou o potencial que este setor da biotecnologia do mar tem para o desenvolvimento da economia azul de Portugal: “Esta economia necessita de um estímulo forte, e o crescimento do setor da biotecnologia é a avenida mais auspiciosa para gerar esse estímulo”.

Na mesma ocasião, Guilherme d’Oliveira Martins, Administrador Executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, referiu que “estas empresas são a prova viva de que a bioeconomia azul vem impulsionar o crescimento sustentável em vários países, indústrias e cadeiras de valor. O oceano tem um papel fundamental no combate aos grandes desafios societais da atualidade, tais como as alterações climáticas ou a escassez de bens alimentares, e estamos muito comprometidos em reforçar o crescimento destas startups de impacto”.

Nesta segunda edição, o programa de aceleração Blue Bio Value recebeu mais de 110 candidaturas, das quais foram selecionadas 15 startups provenientes de nove países (Portugal, Espanha, Dinamarca, Suíça, Itália, Canadá, Brasil, Reino Unido e Índia).

Em 2018, a primeira edição do programa Blue Bio Value acelerou 13 empresas de seis nacionalidades e contou com o envolvimento de mais de 40 mentores. Dos projetos participantes, foram premiadas três empresas: uma holandesa e duas portuguesas.

Apoiando empresas cujo modelo de negócio passa pela promoção de uma utilização mais saudável do oceano e pela sua sustentabilidade, a Fundação Oceano Azul e a Fundação Calouste Gulbenkian querem contribuir para que Portugal se torne num polo europeu relevante e inovador no desenvolvimento da mais moderna bioeconomia marinha. Neste contexto, as duas Fundações assumiram o compromisso de investir pelo menos 1 milhão de euros nos três anos de implementação do programa Blue Bio Value.